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A crescente preocupação global com as mudanças climáticas, devido às emissões excessivas de gases de efeito estufa (GEE), destaca a necessidade urgente de ações efetivas. No Brasil, a agropecuária é uma fonte significativa de GEE. Em resposta, o Brasil ratificou o Acordo de Paris, comprometendo-se a reduzir suas emissões de GEE e aumentar a remoção desses gases. Para atingir essas metas, o país planeja ampliar a participação da bioenergia na matriz energética para aproximadamente 18% até 2030, incluindo o aumento do consumo de biocombustíveis e a produção de etanol de segunda geração. Além disso, o Brasil está promovendo práticas agrícolas de baixa emissão de carbono (C), como o plantio direto, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo adequado de pastagens, para mitigar os impactos das mudanças climáticas e garantir a sustentabilidade do setor agropecuário.

Como um dos maiores produtores agrícolas do mundo, o Brasil possui uma diversidade de condições de solo e clima que, aliadas ao uso de tecnologias modernas, fortalecem o setor agropecuário. No entanto, *ainda há um grande potencial para aprimorar o manejo do solo por meio de práticas conservacionistas que, além de protegerem as funções ecossistêmicas do solo, promovem a sustentabilidade a longo prazo. “O Brasil é um dos maiores produtores de commodities e serviços agrícolas do mundo. A diversidade das condições de solo e clima, aliada ao uso de tecnologia moderna, oferece vantagens significativas para o crescimento do setor agropecuário”, explica Carlos Eduardo Pellegrino Cerri** , professor do Departamento de Ciência do Solo da ESALQ/USP e Diretor do Centro de Estudos de Carbono em Agricultura Tropical (CCARBON/USP) em artigo para a Revista Ciência & Cultura, que traz como tema “Mudanças climáticas e a transversalidade do conhecimento”.